Tendências e Congestões
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Uma das características mais notáveis no comportamento dos preços é a sua não-linearidade: alternam altas e baixas, em amplitudes e sequências diferentes. Independente da trajetória, nenhum ativo sobe ou cai indefinidamente.
Essa dinâmica, que desenha “zigue-zagues”, resulta na produção de “topos” (ponto máximo de uma sequência de alta) e “fundos” (ponto mínimo de uma sequência de baixa), locais.
A partir desse conceito, o comportamento dos preços pode ser definido, essencialmente, por dois estados antagônicos:
Tendência
Da forma mais simplória possível, uma tendência é estabelecida assim que um topo e um fundo forem mais altos ou mais baixos que o prévio - movimento que recebe o nome de pivô, de forma que:
Uma tendência de alta é composta por uma sequência de topos e fundos ascendentes, iniciadas por um pivô de alta (“bullish”, pela terminologia americana popular, em alusão à chifrada de baixo para cima dos touros).
Uma tendência de baixa é composta por uma sequência de topos e fundos descendentes, iniciadas por um pivô de baixa (“bearish”, em alusão à patada de cima para baixo dos ursos).
Uma tendência, assim, é observada quando os zigue-zagues de preço seguem uma trajetória.
Estes, inclusive, recebem uma taxonomia diferente para este contexto: sob o estado de tendência, as movimentações em seu favor são tipicamente maiores (em tamanho e duração), popularizadas como “pernadas”; em contrapartida, as movimentações contra são tipicamente menores, popularizadas como “correções”.
Congestões (e Consolidações)
Essa ausência de direção, na maioria das vezes produz um deslocamento lateral, em que os preços oscilam dentro de uma faixa - cuja parte superior age como o topo; e a inferior age como fundo.
Os zigue-zagues, dessa forma, não seguem uma trajetória. O ativo fica “preso” dentro de uma faixa.
Apesar de comumente tratadas como sinônimos, há distinções na literatura quanto os conceitos de congestões e consolidações:
a primeira, denotando uma movimentação mais caótica, ampla e duradoura;
a segunda, denotando uma movimentação mais ordenada, estreita e breve (inclusive, podendo ser observada como uma forma de correção em uma tendência).
Assim, temos condições de responder a primeira pergunta do protocolo:
o domínio da força compradora é identificado por uma tendência de alta;
o domínio da força vendedora, por uma tendência de baixa;
e a ausência de domínio, por uma congestão.