Padrões Clássicos

Conheça um conjunto de figuras gráficas que reflete a manifestação do comportamento humano nos preços: os chamados padrões clássicos.

No texto introdutório desta série, postulamos como um dos princípios da análise técnica é o de explorar o sentimento da massa do mercado. Essa mentalidade advém do paralelo entre a psicologia humana e padrões no comportamento dos preços, que se repetem independente do ativo e do tempo gráfico.

O conceito da existência e da repetição de determinados padrões nos gráficos se firmou como o maior pilar da análise técnica. Principalmente, ao introduzir uma filosofia de investir com completa indiferença com os fundamentos de um ativo, uma vez que as sinalizações de padrões fornecem uma vantagem suficiente para garantir uma estratégia vencedora. Neste sentido, pode-se considerar que todas as táticas que compõem o arsenal contemporâneo da análise técnica, sejam discricionárias ou sistemáticas, foram construídas por esta forma de encarar o mercado.

A literatura sobre padrões foi desenvolvida como uma espécie de colaboração inconsciente entre diversos investidores, ao longo da história. Não há um autor específico, apenas um conjunto de relatos sobre determinadas figuras que coincidiam entre si. O termo “clássico”, assim como as formações de candles supracitadas, faz referência (1) às origens supostamente de centenas de anos atrás e (2) à sua preservação ao longo do tempo, em que novas técnicas adaptam ou derivam das originais.

Mas afinal, quais são esses padrões? O que explicam a sua formação? Qual a confiabilidade deles?

Como veremos a seguir, as suas formações são diretamente ligadas aos conceitos da seção anterior. Em especial, ressaltamos como os padrões clássicos consolidaram uma ferramenta de análise técnica completa: indicam não somente a direção futura dos preços, como também um objetivo de patamar a ser alcançado (alvo) e um patamar de frustração (stop).

Sobre os resultados, é preciso ter em mente que a discricionariedade dificulta uma mensuração precisa. Os estudos de Thomas Bulkowski novamente fornecem uma boa referência estatística para diversos padrões, além dos clássicos. Eles corroboram que, em contraste com as formações de candles abordadas anteriormente, o uso exclusivo desses padrões como estratégia é viável, e muito utilizado até hoje.

Note: nem todos os padrões clássicos serão apresentados. Reunimos aqueles que possuem uma identificação mais objetiva e que são suficientes para representar os conceitos abordados.

As imagens ilustrativas foram retiradas e adaptadas do Tradingspine.

Apesar de haver inúmeros livros na literatura como referência desse conteúdo, “Technical Analysis of the Financial Markets” de John J. Murphy é tido como o principal.

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