A Falácia do Volume
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Volume é o indicador gráfico mais popular em análise técnica. A maneira padrão de expressá-lo é na forma de barras na parte inferior do gráfico de preços. Ele pode ser calculado de três formas:
A sua popularidade deriva de heurísticas de diversos autores na literatura. Charles Dow, por exemplo, que tendências são confirmadas pelo preço. Joseph Granville, alternativamente, que volume precede preço. O racional dominante é que o volume serve de proxy para a presença de grandes investidores, estes que são os principais responsáveis pelas movimentações de mercado, donos do chamado “dinheiro inteligente”. Analogamente, a ausência de volume indica indiferença do mercado, irrelevância. Desta forma, sinalizações produzidas por movimentações com alto volume são teoricamente mais confiáveis que as de baixo volume.
No contexto de padrões clássicos, o volume é muito utilizado como forma de auferir robustez às inferências.
Tanto pré-rompimento, como pós. Com o intuito de prevenir armadilhas e frustrações, e consequentemente aumentar a rentabilidade do sistema, a confirmação do volume se torna um filtro adicional para a realização de operações.
Basicamente, há três formas para associar volume às estratégias supracitadas:
A primeira, se refere ao volume no processo de formação das figuras. A premissa é de que um volume menor nesse período como um todo em relação a movimentação direcional prévia (que representa a força dominante) é um indicativo de que a trajetória será mantida.
A segunda, se refere ao volume nas movimentações dentro da figura. A premissa é de que o volume das movimentações nesse período é um indicativo para o lado do rompimento. Se ele aumenta nos movimentos de alta, sugere que o rompimento será para cima. Se aumenta nos movimentos de baixa, sugere que será para baixo.
A terceira, e mais popular, se refere ao volume no rompimento. A premissa é de que rompimentos com alto volume indicam maior a probabilidade de continuação do movimento. Rompimentos com baixo volume, indicam maior probabilidade de armadilhas.
Lembre-se: cabe sempre a você determinar se uma ferramenta é útil ou não. Há exemplos de traders de sucesso que baseiam muitas de suas operações em indicadores de volume, assim como o contrário também acontece. Realize os seus próprios estudos e decida.
Para referência estatística, novamente podemos recorrer a Bulkowski. Segundo os seus , requerer um volume acima da média em rompimentos prejudica o resultado mais do que beneficia. Soma-se a esta evidência a indesejável dose extra de discricionariedade e complicação que a introdução do volume acarreta, e explica-se a razão pela qual muitos traders sistemáticos ignoram esse indicador por completo.
Finalmente, agora você conhece o ferramental clássico da análise técnica.
Na , apresentaremos a sua vertente objetiva. Ela traz as vantagens de mensuração exata dos resultados passados, assim como ajuda a prevenir o efeito de influências psicológicas prejudiciais.