Armadilhas e Frustrações

Como todo ferramental técnico, inferências de figuras falham inúmeras vezes. O máximo que extraímos delas é um viés probabilístico, e um método para explorá-las lucrativamente. Um questionamento que pode ser feito então é: como tratar os padrões que “dão errado”?

Resumidamente, há duas formas de isso acontecer, que condicionam a resposta.

Armadilhas

A primeira é popularmente conhecida como armadilha: casos em que a figura é ultrapassada de acordo com a inferência (em termos mais genéricos, um suporte ou uma resistência é violado), mas logo em seguida retorna ao patamar prévio.

O padrão de rompimento falso como apresentamos é uma forma de armadilha, no contexto de um retângulo.

A reação óbvia de um trader operando a figura seria aceitar o stop, caso seja engatilhado, e seguir em frente.

Frustrações

A segunda violação ganha o nome de frustração: casos em que a figura é ultrapassada na ponta contrária à inferência.

A reação óbvia de um trader operando a figura seria aceitar que o acionamento da posição não ocorreu, e seguir em frente.

A ressalva é que, como não configuram a forma literal, representam abordagem “heterodoxa”.

A formulação de uma estratégia com tais pontos de partida sugere:

No caso de armadilhas, um alvo que pode ser estabelecido é no extremo oposto da figura que está sendo retomada. Um stop possível é o máximo da movimentação que produziu a armadilha (ou seja, até onde os preços chegaram até começar a reversão).

No caso de frustrações, pode-se tratar a operação como se os preços tivessem rompido na direção inicialmente postulada (ou seja, com alvo na amplitude da figura, e stop no extremo oposto).

Estas são apenas referências. Há uma infinidade de estratégias que podem ser elaboradas. Cabe a cada trader desenvolver uma que funcione para si.

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