Padrões de Reversão
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Para entendê-los, vamos introduzir alguns conceitos adicionais sobre tendências. Primeiro, postulamos como a sua existência é facilmente identificada através de topos e fundos direcionais. Contudo, nada foi dito sobre a sua força. Como podemos avaliá-la?
Em linhas gerais, o único “propósito” de uma tendência é continuar renovando máximas (no caso altista) e mínimas (no caso baixista). Esse é um requisito para que uma trajetória seja mantida. As inferências sobre a força de uma tendência recaem sobre o comportamento dos preços nessa “zona” de renovação.
Apesar de subjetivo, em uma tendência “forte” o ativo não tem nenhuma dificuldade em renovar máximas e mínimas. Elas são rompidas com convicção e a movimentação seguinte é impulsiva e duradoura em relação às suas contrapartes (lembre-se da dinâmica de pernadas e correções). Neste sentido, as primeiras demonstrações de fraqueza são identificadas através de pernadas decrescentes e menos íngremes. Ou seja, uma máxima ou mínima é superada, porém a movimentação seguinte é menor que a última vez em que isso ocorreu. Essa dinâmica é extrapolada até que, em alguma das vezes, o ativo não terá mais capacidade de realizar essa renovação, e a tendência chegará ao seu fim. A força dominante se exaure.
Como veremos a seguir, os padrões de reversão são configurações específicas em que essa impotência se manifesta. A imagem sintetiza os 4 deles. Apesar de suas peculiaridades individuais, em todos a reversão da trajetória previamente estabelecida é motivada pelo esgotamento da força dominante, suficiente para produzir um pivô inverso. O contexto é análogo a um veículo ficando sem gasolina, em que tais padrões representam a ausência de combustível para continuar a trajetória vigente. O principal marco é que as movimentações demonstram fraqueza em uma região que, sob uma tendência sustentável, seria observado força.
Cunhas
Este padrão de reversão é caracterizado por zigue-zagues na direção da tendência, mas com ímpetos diferentes. A movimentação é contida por duas retas de diferentes inclinações, que se afunilam.
A figura representa o primeiro exemplo de enfraquecimento, em que a trajetória é mantida através de pernadas decrescentes. Os preços se “arrastam” em uma região que “deveriam” tomar impulso.
O alvo da cunha é a amplitude da primeira movimentação (medido pela distância de “1” a “2”) a partir do ponto que a figura é superada (o patamar “5”). A recomendação de stop conservador é na extremidade da última movimentação a favor (o patamar “4”).
Topo e fundo duplo, falhas de topo e fundo, e rompimentos falsos
Estes padrões de reversão foram agrupados por serem essencialmente caracterizados pelo mesmo movimento - um zigue-zague lateral que fracassa em renovar um topo (em uma trajetória altista) e um fundo (em uma trajetória baixista), e na sequência perde o limite oposto. Uma ressalva é que os dois últimos não são descritos como formações clássicas, mas foram incluídos pela mesma razão do agrupamento.
Nos topos e fundos duplos, essa tentativa é “freada” no mesmo patamar anterior, marcada por um toque duplo no limite da faixa lateral (existe também uma variação “tripla”, em que há três toques);
Nas falhas de topo e fundo, essa tentativa é freada antes mesmo de atingir o limite da faixa. A sinalização de fraqueza é maior.
Nos rompimentos falsos, essa tentativa consegue superar o limite da faixa lateral (dando a entender que seria um retângulo de continuação), mas logo em sequência volta para a zona de congestão e anula a movimentação inteira anterior.
Nos três casos, o alvo é a amplitude da faixa (a distância “1” e “2”), a partir do ponto que a congestão é superada (o patamar “4”). A recomendação de stop conservador é na extremidade oposta (o patamar “3”).